sábado, março 29, 2008

Quem é mau?

Esta é uma homenagem ao personagem mais incompreendido da história. Ele lutou contra o status quo político; lutou contra paradigmas de uma ordem que, quando não impedia que ele usasse ao máximo suas habilidades natas, impediu que ele vivesse o amor.

Quem representa o bem e quem representa o mal nesta história? A mania que temos de colocar que existe o bem em contraposição total ao mal é uma bobagem. Todos somos um pouco de bem e um pouco de mal.

Definitivamente, este sujeito aqui não é a encarnação do mal.




quinta-feira, março 20, 2008

Breves Impressões de Machu Picchu

Se Machu Picchu é místico ou não isso eu não vou discutir. Agora, que lá é uma das novas maravilhas da terra isso não tenho dúvida.

Só o caminho de Cuzco para lá é algo magnífico. São cadeias e cadeias de montanhas, vales, planíces. A vegetação é esplêndida, as flores... tudo te mostra o quanto a força geradora (alguns chamam de Deus) fez um trabalho que o homem nunca poderia realizar.

Depois que você entra no trem para Águas Calientes (1 h e meia passando por vales e montanhas, com um rio caudaloso ao lado) e quando você sobe a montanha rumo a Machu Picchu você é invadido por uma ansiedade enorme.

Toda esta ansiedade se transforma em emoção quando você avista o vale e a cidade sagrada dos Incas.

Não tem palavas que explicam a sensação...

Talvez tenha...

Machu Picchu II


Machu Picchu

E é lógico que tinha que provocar nossos adversários...

sexta-feira, março 14, 2008

Corpo, Mente e Espírito

Pois é... têm épocas na vida de um homem que ele precisa parar, refletir e rever sua trajetória de vida.

Bom, não sei de vocês, mas eu farei isso de Machu Picchu... Hahaha.

Descanso.

sábado, março 08, 2008

Enquanto isso, na América Latrina

Pois é. Não é que a crise entre Colômbia e Equador terminou em pizza... digo... em empanada.

quarta-feira, março 05, 2008

Aí vem o Chavez, Chavez, Chavez...

Deslocar 3 mil soldados para fronteira é ameaçar alguém. Ainda mais que o exército do outro tem 400 mil.

O que o sr. irá fazer com seus blindados, visto que eles não operam em floresta?

Colocar de prontidão os seus 12 sukhois que são operacionais [dos 30 que o sr. tem] mas que não conseguem operar na mesma altitude que os supertucanos do exército adversário.

O sr. é um fanfarrão.

Eu digo: Pede pra sair!!!

Falando sério.

O Brasil tem que ser incisivo ao condenar a violação da soberania equatoriana por parte do governo colombiano. Não se pode tolerar este tipo de ação.

Mas o Brasil tem que ser mais incisivo ainda em condenar essa pataquada do Chavo Del Ocho. Quer brincar de guerra? Vai jogar WAR que o sr. não se machuca.

Ninguém aqui é bobo, Chavo.

Bom, talvez alguns intelectuais de plantão [especialistas em segurança] sejam. Talvez a mídia seja. Talvez até alguns governos.

Nós não.

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Conhecimento não é Mercadoria

Uma coisa tem que ficar clara: conhecimento não é mercadoria. Universidade não é negócio. Aluno não é cliente. Professor não é funcionário de aluno.

O que me assusta, mesmo não sendo tão velho assim, é como as pessoas, especialmente os alunos encaram a universidade atualmente. Na minha época [nostalgia hipócrita], não era assim.

Não defendo que se volte àquela situação que professores eram deuses, que não se podia dirigir a palavra a eles ou que existia castigo corporal [Se bem que a volta do castigo corporal...]. Mas também, vejo situações hoje que são um verdadeiro absurdo.

Talvez isso seja reflexo da falta de educação generalizada que perpetua nos quatro cantos da terra. Talvez seja a volta do paradigma da selvageria, da falta de cordialidade. A relação professor/aluno se tornou uma relação de adversários cujo primeiro é visto como um impedimento ao atingimento dos objetivos do segundo. Prevalesce a lei do mínimo esforço.

Um não quer mais aprender o outro mal mal quer ensinar.

Os alunos correm para as universidades e querem sair rápido com seu papel debaixo do braço. Educação Drive-Thru. Pois é, o seu conhecimento vai ser tão insosso quanto um sanduíche deste tipo. O aluno finge que aprende e o professor finge que ensina. Está tudo errado.

Depois as pessoas se perguntam porque o nosso país é violento, racista e corrupto. Ah, não é??? Precisou a ONU nos contar isso.

Humpf...

Terminar a refeição, lavar as tijelas

Uma celebérrima história de mestre Josshu:

- Mestre, por favor, ensinai-me a verdadeira história do budismo.
Josshu respondeu-lhe:
- Terminaste a refeição?
- É claro, mestre, terminei.
- Então, vai lavar tuas tijelas!
Toda a sua educação era assim.
Pessoalmente, sigo o caminho do meio: muito severo e muito gentil; para os discípulos fortes, meu ensino é muito forte; para os fracos, sou muito suave.

História contada pelo mestre Taisen Deshimaru "A Tigela e o Bastão"

sábado, fevereiro 23, 2008

Garça Branca por Li Po

Esse grande floco de neve
é uma garça branca que acaba de pousar no lago azul.
Imóvel, na extremidade de um banco de areia,
a garça branca
observa o inverno.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Estabeleço hoje aqui a campanha contra a estúpida frase "Quem sabe faz. Quem não sabe, ensina."

sábado, fevereiro 16, 2008

Não leia porque não sou Millôr

Todos nós nascemos livres para pensar o que quisermos. De fato, em alguma medida, macacos, cachorros e alguns outros animais também são dotados da capacidade de pensar. Conheço homens que conseguem pensar menos que meu cachorro de estimação ou que o famoso Amin, do zoológico de Belo Horizonte.
O homem criou um locus de pensamento desde os primórdios de sua história e este locus foi a academia e/ou liceu, onde algumas pessoas, inclusive nomes como Millôr Fernandes, frequentou. Talvez não tenha obtido titulações das mais altas e talvez não precisasse disso mas, com certeza, figuras como o acima citado, podem ter sido orientados, educados, tocados pelo pensamento de algum ph "alguma coisa". Será que este mesmo indivíduo não aprendeu nada com algum ph "alguma coisa"?
O mendigo do documentário "Do outro lado de sua Casa", que se intitula auto-didata, é menos importante que Millôr, ou eu? E Millôr, por acaso, vale mais que 10 mil "deu"?
Leviandade é desmerecer o esforço de algumas pessoas que dedicam sua vida à ciência, que se diferencia das demais formas de conhecimento somente pelo método. Não somos representantes da verdade absoluta e inquestionável, até porque ela mesma não existe, assim como não são os pastores, nem os colunistas, ninguém e muito menos o senhor.
Engraçado é o que esta rejeição aos acadêmicos provocou na sociedade brasileira. Enaltecem-se pseudo-intelectuais, estes que afirmam e não demonstram em jornais de referência nacional. Muito bom, posso falar a vontade e o que quiser e não preciso demonstrar nada. Enaltecem-se colunistas, cuja preocupação está em erudizar aspectos mais triviais do cotidiano. Enaltecem-se celebridades efêmeras, atletas e outras milhares e milhares categorias de pessoas, enquanto os acadêmicos são... acadêmicos, teóricos...humpf.
Separam-se os mundos. Nós, ph "alguma coisa", ou não, somos o que?
Muito teóricos, né? Então foda-se Darwin, Einstein, Newton, Maquiavel. Foda-se Kant. Foda-se o francês que estudou, se graduou, se titulou e desenvolveu o seu confortável Peugeot. Os acadêmicos não servem para nada. Para que nos esforçamos para estudar, escrever, pesquisar, se 1 Millôr Fernandes vale dez mil desses. Somos uns otários. Charlatões. Se as pessoas descobrirem isso vão parar de fazer faculdade e aí nós estamos fudidos. Se bem que os otários são aqueles que pagam para nos ouvir.
É por estas e outras que nosso país elege governantes como os atuais e vai ficar assim enquanto alguns enaltecerem alguns papéis e algumas realizações em detrimento de outras.
Pense à vontade. Mas pense algo: se não for eu, e mais meia dúzias de ph "qualquer coisa", se preso, vai andar na parte de trás do camburão. Se não for por mim, e mais meia dúzia de ph "merda nenhuma", não vai obter o "diproma" e, sem ele, vais fazer o que? Tente trabalhar na ONU, OEA ou para El Magnífico Rey de España. Já sei, vai continuar livre-pensando e lendo muito Millôr. Aí, agradeça a professorinha do pré, que te ensinou pelo menos a ler.

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Testes de Revista Feminina

Tem coisa mais desagradável na vida de um homem que responder aqueles testes de revista feminina? Não, não tem. Você está sossegado no seu canto, vendo sua TV (dominando o controle remoto), comendo alguma coisa e etc., e sua namorada/esposa/amante/companheira vem para o seu lado com uma destas revistas femininas debaixo do braço e diz:


Meu bem, ... (quando vem o “meu bem” já ferrou tudo. Você olha para os dois lados, busca uma janela, mas nada. Você foi pego)...Você pode responder um teste para mim????
Eu digo, caros amigos do sexo masculino, não respondam. Estes testes são uma armadilha. Bom, como somos otários mesmo sempre respondemos sim.

Você fica desapontado (para não dizer puto mesmo) mas não diz nada. Ela senta do seu lado e anuncia o que quer descobrir de você. Geralmente estes testes tem um título bem idiota. Descubra qual Deus Grego é seu Homem; Descubra qual Personalidade do Cinema de Hollywood seu Homem seria; Descubra qual amante ele latino ele é. O que parece que ninguém descobriu ainda é o quanto odiamos essas pegadinhas. Faltava só o Sérgio Malandro pular na nossa frente e gritar: Ahhhh, pegadinha do Malandro.

Bom, então estão vocês dois sentados juntos. Lá vem a primeira bateria. É, bateria mesmo (artilharia. Fogo pesado). Em média são umas cinqüenta perguntas. Se fosse um homem que escrevesse um destes testes ia ter, no máximo, cinco perguntas: 1) Você gosta dela? 2) Você Está Satisfeito com Ela? 3) O que você queria que ela fizesse e não faz? 4) O que você não gosta que ela faça mas que ela faz mesmo assim? 5) Você quer responder mais testes deste tipo?


Então, começa a inquisição. Geralmente as perguntas são despretensiosas, parecem não ter nada a ver, mas é aí que mora o perigo. Vem a primeira série, você até responde numa boa. “Passeando no parque você vê uma moeda no chão o que você faz?” Letra A) Você solta a mão de sua namorada e abaixa para pegar a moeda para você; Letra B) Você solta a mão de sua namorada, abaixa e pega a moeda para ela; Letra C) Você ignora a moeda (afinal o valor é muito pequeno); Letra D) Você diz o passeio está ótimo e convida-a para um sorvete; Letra E) respostas A, C e D.

Supondo que você respondeu A. Dançou meu caro. Segundo as especialistas psicólogas da revista, A significa que você não gosta dela, pois se importa demais com dinheiro, além de ter soltado sua mão. Se respondeu B, pior, além de você novamente ter soltado a mão dela, pegar a moeda e dar para ela significa que você acha que pode comprá-la com mimos ao invés de dar atenção aos seus anseios femininos. Se respondeu C, significa que você é um homem sem ambições e, portanto, não proporcionará todo conforto que uma mulher necessita. Se respondeu D, você é um namorado insensível com os temores delas, tomar sorvete (calorias, regimes, etc.).

Então, por dedução lógica, a resposta correta seria a E? Não, se escolheu a E significa que você é um homem indeciso e que, portanto, nunca vai dar a ela a certeza de um bom futuro com você. De qualquer forma você sai prejudicado.

Aí qualquer sujeito normal fica bravo. Fica bravo também por ver que são mais 49 perguntas deste tipo. Quando chega lá pela 18a. você já não agüenta mais e começa a responder pelas coxas. Continue nesse caminho, meu caro. Depois você vai ver o resultado. Você quase sempre fica na antepenúltima ou penúltima categoria (são umas 7 e varia entre Romântico até Porco, Machista, Desgraçado).

Estes testes do demônio fazem então sua namorada/amante/esposa/companheira querer conversar sobre o relacionamento. Aí, um teste simples de meia-hora (entre te convocar, fazer as perguntas, somar os pontos e ler sua categoria) gera uma conversa de mais uma hora. Você, puto com O TESTE, sentado no sofá, e ela faz aquela pergunta legal (depois de vocês terem conversado sobre o relacionamento durante uma hora)
*

O que foi?
*
Você responde enfaticamente: Nada.
*
Ela, não satisfeita, insiste: O que foi?
*
Você: Nada não.
*
Tem certeza que você não está puto?
*
Você nem olha e responde: Não, não tô não. E é verdade, você não está puto com ela, só cansou do teste maldito que quebrou sua santa paz.
*
Aí ela te faz a perguntinha mágica: Você está puto comigo?
*
Você: Não.
*
Ela: Tem certeza? Aí você começa a ficar meio ressabiado.
*
Você: Tenho, tenho sim.
*
Ela: Eu acho que você está puto comigo. O que é que foi?
*
Você então, que não tinha nenhum problema com ela, começa a ficar meio impaciente. A única coisa que você queria é ter ficado no sofá, quietinho, tranqüilo.
*
Você: Não tô puto não. Diz com aquele jeito delicado masculino.
*
Ela: Eu sei que você está puto comigo. Eu te conheço. O que foi?
*
Neste entremeio vem uns quatro Tem Certeza, uns dois É Comigo e mais uns três O que foi
Aí a paciência vai pro espaço. Você não consegue se conter e responde: Eu já disse que não estou puto, mas que saco. Ô merda. (e mais uma série de vocábulos delicados) Ela: Não falei, não falei que você estava puto comigo.

Ai já era cara, você, que estava numa boa sentado no sofá, vai ter que passar por mais uma hora de conversa SÉRIA sobre o relacionamento, pedir um milhão de desculpa por estar bravo (você põe a culpa na vida, no trabalho, no dinheiro) sendo que você não estava puto com ela em momento algum. Tudo por causa desses malditos testes de revista.
Só mais um comentário sobre essas revistas. Qualquer tapado pode ser editor de uma revista feminina. Sempre vem um Teste desses; Uma reportagens sobre as Mulheres de não sei aonde; Uma reportagem sobre a vida difícil de uma “fulana de tal”; Uns artigos sobre roupas e etc’s.; Um artigo sobre Dieta (Dieta de não sei o que e não sei que lá) e por fim, XXX dicas para a hora do “vamo vê”. Sempre.

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Ô Mestre

Nas mais altas montanhas no Tibet, lá onde o vento fez a curva pela segunda vez, onde Judas perdeu a segunda meia, bem pertinho daquele riachinho tranqüilo e do canto do açaçú azul do Himalaia, O Mestre resolveu romper sua meditação profunda e nos brindar com suas sábias palavras.
*
Após um profundo estado de contemplação e reflexão, O Mestre acorda de seu caminho para a evolução. Durante 37 anos ele resolver buscar a auto-disciplina e o conhecimentos dos grandes mistérios através do reencontro com o divino. O Mestre então, encerrará seu silêncio e irá responder as perguntas que não querem calar.
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O que engorda, Ó Grande Sapiência?
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O Gordo
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Então Mestre, o que emagrece?
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A Anoréxica
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Grande Sábio, do que as mulheres gostam?
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Dinheiro, por que quem gosta de homem é viado
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Ó Sua Eminência, o que há depois da morte?
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Enterro
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Quem construiu as pirâmides, Ó Conhecedor de Tudo?
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A empreiteira de Sérgio Naya (Mesma do Palace II). Você viu o péssimo acabamento?
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Porque as mulheres nunca estão satisfeitas, Ó Entendedor dos Grandes Mistérios?
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Por que elas não nasceram homens
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Qual é o sexo dos anjos, Divino Sabedor?
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Aquele que te leva às nuvens
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Deus existe, Ó Iluminância?
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Se ele existisse Gafanhoto, você acha que ele iria deixar existir o KLB, o Júnior, Ivan Lins, Maurício Manieri e o Wando?
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Mestre, Nos diga por favor, como ser feliz?
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Leia sempre este blog ou veja os programas de Antônio Roberto, porque aquilo só pode ser piada
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E assim O Mestre volta a seu estado de meditação profunda...
*
ommmmmmmmmmmm

domingo, fevereiro 10, 2008

Títulos: para quê servem?

Porque algumas escolas de samba se intitulam acadêmicos do num sei o que? Será que elas são compostas por acadêmicos mesmo? Tipo: Machado de Assis seria da bateria. Imagine Charles Darwin tocando uma cuíca. Einstein seria responsável pelo que?
Essas escolas tem alguns acadêmicos sim: meia dúzia de antropólogos e/ou sociólogos que tentam dar um ar intelectual a um evento que é, em suma, uma reunião histérica de pessoas semi-nuas, que elegem esta semana para perder todo seu senso de civilidade. De fato, se fantasiam, na maioria da vezes, para usar estas como pretexto e, muitas vezes, como desculpas posteriores para um comportamento que, não fosse o freio social civilizatório, seria seu comportamento natural.
Acadêmicos...???
Pior é dar o título de mestre a um sujeito que fica rodopiando envolta de uma mulher que porta uma bandeira. Vocês imaginam como é difícil adquirir o título de mestre neste país??? Aí, vem um sujeito, que mal mal deve ter completado o 2o. grau, e lhe conferem o título de mestre.
Mestre sala...
Sua dissertação teve como foco a sala? Quarto, cozinha e banheiro ficam para o doutorado?
Por falar em doutorado, cansei de me referenciar a advogados, dentistas, médicos, "coronéis" de cidade de interior de doutor. Só chamarei os outros de doutor quando me apresentarem o título de doutorado, obtido em Instituições de Ensino Superior de respeito e com respaldo do MEC.
Neste país, obter títulos é muito simples.
Imagine você que Leão, Adilson Batista e Geninho viraram professores??? "O professor disse isso", "o professor nos instruiu". Veja se técnico de futebol é professor de alguma coisa. Por acaso eles são formados em qualquer coisa? Dão aulas em instituições de ensino?
Aí, aí...
Como disse, neste país, ter títulos é muito fácil.
Acho que vou começar a me chamar de Duque, ou Conde. Quem vai me questionar? Passista é mestre sem ter feito mestrado. Advogado é doutor sem ter feito doutorado. Técnico de Futebol é professor sem ter feito ao menos um curso de pedagogia. Pelo menos eu tenho cara de lord.
Me chamem a partir de agora de Conde. Conde Clausewitz...
...com limão.
Ps: e não entra cachaça e nem açúcar nesta combinação. Porque daqui a pouco vão querer fazer de mim uma caipirinha.

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Os 30 e poucos anos...

Porque as pessoas simplesmente não aceitam o trabalho de Kronos?

Nunca ninguém está satisfeito com ele. Quando novos, achamos ele um Deus moroso, lento, que nos provoca, enquanto ansiosamente esperamos que ele acelere o tempo segundo nossas conveniências. Queremos ter idade para irmos ao cinema naquela sessão que é sempre superior à nossa idade; queremos ter idade para entrar naquela boite ‘x’que também, e coincidentemente, só é autorizada para aqueles que têm uma idade superior à nossa; queremos ter a idade para beber; queremos ter a idade para tirar carteira; queremos ter idade para podermos viajar sozinhos com os amigos. A meta de juventude é ser sempre ser mais velha; queremos acelerar o tempo. Neste momento kronos é aquele funcionário público que faz sua vida passar em um passo de tartaruga enquanto você decide se se mata ou se tenta mata-lo.

Porque muitas vezes, quando alguém nos pergunta o que estamos fazendo respondemos: nada... estou só matando o tempo. De fato, nós não conseguimos matar o tempo. Mas o contrário não é verdade.

À medida que crescemos, achamos ele um Deus apressado, faceiro, que nos ameaça, enquanto esperamos ansiosamente que ele esqueça de fazer seu trabalho. Não queremos ter idade para casar; não queremos ter idade para trabalhar; não queremos ter idade para nos aposentar; não queremos ter idade para ir ao geriatra. Neste momento kronos é aquele médico do SUS que nos atende com tal velocidade que você não consegue se lembrar o porquê estava diante dele. E pior, para o trabalho de kronos não há remédio. Bem que tentamos: fazemos dieta; caminhamos todo dia; abandonamos os vícios e tudo aquilo que nos faz mal; passamos cremes e tomamos remédios para tentar lubridiar este Deus. A meta de velhice é sempre ser mais nova; queremos desacelerar o tempo.

Quando estamos com um serviço atrasado, lutamos contra ele. Quando estamos com tempo demais, associamo-o ao tédio. Quando não queremos fazer algo colocamos a culpa na falta dele. Ou seja, nunca ninguém está satisfeito com ele.

Pensamos que talvez houvesse algum momento em que o trabalho de Kronos pudesse nos satisfazer. Um momento que fizéssemos as pazes com ele. Talvez quando atingíssemos aquela idade intermediária, tal qual a que atingi bem recentemente. Não somos oprimidos pela falta e nem pelo excesso de idade. O tempo parece a menor das preocupações. Não, não é verdade. Ele nunca ajuda; só atrapalha. E pior. Queremos congela-lo; queremos que ele cesse por completo suas atividades e que vivamos eternamente este momento. Mais uma vez queremos atrapalhar sua obra. Queremos lutar contra a inevitabilidade.

É, realmente Kronos é um Deus injustiçado.

Porém, quando nos aproximamos de outro Deus – um mais macabro, de roupa preta e foice na mão –, nos lembramos de Kronos com carinho: lembra aquele tempo...

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Sopa não é comida

Por que as mulheres pensam que sopa é comida?
*
Você está sentado na sala, em um dia qualquer, à noite. Entre um programa de TV e outro você faz aquela pergunta típica à sua companheira. Meu bem, e aí? O que vamos jantar? Aí, sua amada, com aquele olhar feminino típico, te responde: Que tal uma sopinha?
*
Sopinha??? pensamos. Desde quando sopa é comida? Você responde: Pensei que íamos comer alguma coisa, não tomar alguma coisa. O amor de sua vida, a razão de sua existência, então retruca: Tem uma boa aqui. Legumes com macarrão. Você quer? (Legume com macarrão é assim: 17 fiapinhos daquele macarrão mais fino boiando, mais uns 12 legumes sortidos e água salgada a rodo)
*
Pensamos novamente: nem f%&*#. Se tomarmos este troço, daqui a meia-hora qualquer estômago masculino vai estar berrando de fome novamente. Então você diz com muita delicadeza: Não tem outra coisa?
*
Ela responde: Tem. Tem sopa de feijão, caldo de Cebola, caldo disso, caldo daquilo..... e vai narrando os infindáveis tipos de sopa que tem numa dispensa controlada pelo sexo feminino. Você começa a desanimar e, diga-se de passagem, seu estômago também.
Não meu amor, não tem mais nada além de sopa?
E ela indaga: Porquê?
*
Não, nada não. É óbvio que eu não vai iniciar uma discussão sobre as qualidades da sopa e coisa e tal. Porque sopa tem todas as vitaminas, minerais e etc. Porque sopa é light e saudável... etc...etc.... e etc.... não engorda, e mais um milhão de etc’s que as propagandas da TV te apresentam.
*
Você se pergunta então: Porque mulher acha que sopa é comida? Se você quisesse tomar alguma coisa, na condição de ogrosexual, você preferiria se encher de cerveja, até por que cerveja alimenta. Sopa é o “rango” de mulher, de homem com menos de 65kgs (que de fato não é tão homem assim) ou de gente doente. Nós, que pesamos mais de 80kgs (alguns mais) precisamos de algo que dê “sustância”. Se fosse uma sopa de picanha, ou mesmo de tijolo, que pesasse bem no “stambo”, aí até ia. Mas sopinha... dessas Maggi, 0 cal e 290 g, pelo amor de Deus.
*
O estômago humano agüenta até 2 litros de alimento (o fato é que alguns estômagos trabalham com capacidade total). Para um homem ficar satisfeito, ia ter que tomar umas 5 ou 6 destas sopinhas. E é claro, com mais meia bisnaga grande de pão italiano (sabe, aquele bem massudo).
*
Pense bem. Quando você vai em um restaurante fancy, os caras te cobram 50 reais de cada um pelo jantar completo (couvert, entrada, refeição, fora a bebida e a maldita sobremesa). O que eles fazem? Enchem as mulheres de sopinha (geralmente Creme de Aspargo) e mais uns dois pãezinhos bem chechelentos. Aí, quando vem o principal, as massas e as carnes, nossas damas já estão satisfeitas e mal, mal beliscam o prato.
*
Mas e o preço? É o mesmo que nós homens vamos pagar. Elas se dizem satisfeitas. Dizem, até porque quando vem aquele carrinho de sobremesa elas parecem estar 5 dias sem comer. E nós, verdadeiros homens, nem queremos saber de sobremesa. Já enchemos o “pandú” com carnes e outras coisas que importam em uma refeição. A tal sopinha de entrada foi criada só para nos f%$@*&.
*
O dono de restaurante pensa assim: Ô trouxão, e você pensou que ia me dar um “prejú” daqueles comendo igual um boizão, mas eu estou faturando é com sua mulher, palhaço. Os 50 reais que competem a ela cobrem o que eu vou perder com você e ainda vou ter lucro. Hahahahaha.
*
Pois é, tudo por causa da maldita mania de sempre estar comendo sopinha. Eu digo: Sopa Não é Comida. Sopa é para enganar o que não é enganável. Duas coisas funcionam perfeitamente [até certa idade] em um corpo masculino, o dito cujo e o estômago (o cérebro masculino funciona às vezes). Não há como enganá-los. Não pense que com uma sopinha o seu estômago vai estar feliz e satisfeito.
*
Só comemos sopa quando não há mais nada na geladeira ou na dispensa; absolutamente nada para comer (ou melhor, para beber). E, de fato, sempre que comemos uma dessas sopinhas, precisamos de um acompanhamento, tipo uns 15 biscoitinhos cream cracker ou um monte de pão. Sopa é complemento e não refeição.
*
Então, minhas caríssimas mulheres, parem de tentar nos convencer que sopinha é comida. É preferível dizer que não tem nada pra comer. Daí os homens podem dignamente pedir uma pizza gigante, com borda recheada de cheddar ou um daqueles sandwiches bem gordurentos.
Também, as mulheres tem que parar de falar que comemos demais, por que tudo que comemos de carne, massas e outras COMIDAS, vocês comem proporcionalmente em chocolates, mousses, tortas, bolos e etc.
*

Um toque de Sabedoria

Não devemos tentar entender as mulheres, devemos sim obedecê-las.

quinta-feira, janeiro 31, 2008

O Vazio




...
e do Vazio tudo se criará ...
e para o Vazio tudo caminhará ...
e no Vazio tudo se transformará ...
e o Vazio a tudo alcançará.
...

Ironia sobre diversos prismas

Quero dizer...
Vou dizer...
Não diga...
Vou dizer...
Diga diferente...
Vou dizer *Prazer Incontido*...
Diga educadamente...
Vou dizer...
Talvez ele não entenda...
Vou dizer assim mesmo...
Se ele não entender ninguém se machuca...
Não vou dizer...
Mas eu quero...
Talvez ele entenda...
Talvez não...
Pago para ver...
Vou dizer...
Não disse.
Ironizei.
*
Ironia é a chacina da sinceridade
*
Ironia é um recurso que se pauta na possibilidade de seu interlocutor ser extremamente estúpido e não compreender o que você queria dizer. Todos saem satisfeitos. Ele por não ter entendido o que você realmente queria dizer e você mais ainda por que, além de ter dito o que queria de uma forma diferente, ainda comprovou que o outro é realmente estúpido.
*
Penso, logo ironizo.
*
Lá vem a ironia. Sorriso semi-aberto, sem ruído. Olhos semi-cerrados, lateralmente dispostos. A mão no queixo é opcional, apesar de ele sempre estar um pouco inclinado. Leve balançar da cabeça para frente e para trás.
*
Ironia é meio, não fim.
*
O irônico é ironicamente covarde.
*
Ironia é domesticação do ego rebelde.
*
O irônico é o chato que tem amigos.
*
Entendeu?

quarta-feira, janeiro 30, 2008

Foto Cisnes em Londres - Nicolas Yarovoff, 1925


Anna Pavlova (foto) por Nicolas Yarovoff e pintado à mão por Anna Yarovoff











Anna Pavlova por Nicolas Yarovoff


Foto de Anna Pavlova [autografada] de Nicolas Yarovoff e pintada à mão por Ana Yarovoff


Cada um tem o governante que merece

Frases de George W. Bush (Juninho, ou Bush Filho)
*
"Eu gostaria de ter estudado latim, assim eu poderia me comunicar melhor com o povo da América Latina"!
*
"A grande maioria de nossas importações vêm de fora do país."
*
“Se não tivermos sucesso, corremos o risco de fracassarmos."
*
"O Holocausto foi um período obsceno na História da nossa nação. Quero dizer, na História deste século. Mas todos vivemos neste século. Eu não vivi nesse século."
*
"Eu creio que nos dirigimos de modo irreversível no sentido e mais liberdade e democracia, mas isso pode mudar."
*
"Uma palavra resume provavelmente a responsabilidade de qualquer governante. E essa palavra é 'estar' preparado'."
*
"A verbosidade leva a coisas obscuras, inarticuladas."
*
"Eu tenho feito bons julgamentos no passado. Eu tenho feito bons julgamentos no futuro."
*
"Eu não sou parte do problema. Eu sou Republicano."
*
"O futuro será melhor amanhã."
*
"Nós vamos ter o povo americano melhor educado do mundo".
*
"Pessoas que são realmente muito estranhas podem assumir posições chave e provocar um tremendo impacto na História."
*
"Eu mantenho todas as declarações erradas que fiz."
*
"Nós temos um firme compromisso com a OTAN. Nós fazemos parte da OTAN. Nós temos um firme compromisso com a Europa. Nós fazemos parte da Europa."
*
"Falar em público é muito fácil."
*
"Um número baixo de votantes é uma indicação de que menos pessoas estão a votar."
*
"Quando me perguntaram quem provocou a revolta e as mortes em Los Angeles, a minha resposta foi direta e simples: A quem devemos culpar pela revolta? Os revoltosos. Os revoltosos são os culpados. Quem devemos culpa pelas mortes? Os que mataram são os culpados."
*
"Ilegitimidade é algo que deveríamos falar em termos de não tê-la."
*
"Nós estamos preparados para qualquer imprevisto que possa ocorrer ou não."
*
"Para a NASA, o espaço ainda é alta prioridade."
*
"Muito francamente, os professores são os únicos profissionais que ensinam nossas crianças".
*
"O povo americano não quer saber de nenhuma declaração errada que George Bush possa fazer ou não."
*
"Todos somos capazes de errar mas eu não estou preocupado em esclarecê-los dos erros que eu possa ter cometido ou não."
*
"Não é a poluição que está prejudicando o meio-ambiente. São as impurezas no ar e na água que fazem isso."
*
"É tempo para a raça humana entrar no sistema solar."
*
"Do you have blacks too?" A revista alemã Der Spiegel afirmou que o presidente americano não sabia que existiam negros no Brasil, país que tem a maior população dessa raça fora da África.
*
Num encontro com o ex-presidente Fernando Henrique em Washington.
"No Brasil se fala sueco?".
*
E depois o mundo fica preocupado com um ex-metalúrgico, que só tem o segundo grau, comandando um país e que “está convencido de que nunca na história desse país” falou besteira.

Festinha na Favela

Este é um caso requentado, muito antigo, mas que resolvi postar.

Pergunto: Alguém já foi numa festa de criança em alguma favela? Melhor, alguém já foi em alguma festa na favela? Melhorando ainda mais, alguém já entrou numa favela? Pois é. Ano passado eu fui pela quarta vez em uma festa na favela. Já fui de dia e, na maioria das vezes, à noite. Teve uma vez que, no mesmo dia e na mesma hora, de uma das festinhas na favela tinha outra que poderia ter ido e que era no Buritis. Optei por ir na casa do meu amigo, o ‘favelado’ (dizem alguns), curtir uma festinha de criança. A festa no Buritis era da priminha da minha namorada (na época) enquanto a festinha na favela era da sobrinha do meu amigo, com quem treinava Kung Fu.

Vou comparar as duas festas (mesmo não tendo ido na ‘festinha de burguês’ – afinal, já fui em várias). Não farei demagogia, muito menos vou criticar uma ou outra (mais do que eu normalmente criticaria), só vou mostrar a diferença de perspectiva.

Chegando numa festinha de ‘burguês’ (incorporando o jargão do PSTU). Você para seu carro na rua e tem alguém pedindo para tomar conta do seu carro. Você fica tenso o tempo todo pensando na possibilidade de seu carro não estar mais lá quando você sair.

Chegando numa festinha de ‘favelado’. Você para seu carro na frente da festa, que é parte dentro da casa e parte na rua. Você não está nem aí para ele porque todo mundo que normalmente toma conta do seu carro na rua está na festa. E como você está na festa, ninguém da rua irá mexer com você ou com seu carro.

Você entra na festa de ‘burguês’. Dá o presentinho de 20 prata que comprou para criança. Ela, a maioria delas, pega o presente da sua mão, diz um obrigado bem forçado, e abre o presente na sua frente. Se não gostou você irá ver na hora, bem estampado na sua carinha. E quase sempre não gosta, porque os pais, os avós, tios e madrinhas deram presentes maravilhosos (tudo que o dinheiro pode comprar) e o seu de 20 conto é bem simples.

Você entra na festa de ‘favelado’. Dá o mesmo presentinho de 20 conto que daria para a outra criança. Ela, recebe o presente e te dá um abraço, além de sua mãe agradecer um milhão de vezes por você ter ido. Eles não abrem o presente na sua frente, guardam em algum canto com seu nome escrito e depois te ligam para agradecer. Talvez o seu presente tenha sido o mais legal que a criança ganhou.

A música e a decoração. Em uma casa do São Bento, Cidade Jardim e etc., toca música de criança, tem Karaoquê, as vezes até um fliperama. Balão, decoração de festa e tudo mais. Tudo pago pelos pais (e é caro, meus amigos leitores). A música termina cedo para não incomodar os vizinhos.

Na favela, a música é igual e a decoração também. Não tem apetrechos eletrônicos, mas à primeira vista é tudo igual a uma festinha de criança normal. Os detalhes: quem pagou a festinha (cara também) foram uns 30 parentes. Cada um ajudou, colaborou, contribuiu, levou alguma coisa. O som é alto e vai até a hora que durar a festa. Nenhum vizinho chama a polícia para abaixar o som.

Comes e bebes na festa classe média. Dependendo do poder aquisitivo dos pais, cerveja, vinho, coca-cola, e até um Whisky para os amigos dos pais. Salgadinhos de um Buffet legal, docinhos mil, surpresinha sortida, palhaços, e outras coisas.

Comes e bebes na festa da favela. Enrolado de Mortadela com pimenta, cachorro quente e um strogonoff de janta, brigadeiro, cajuzinho, cerveja, pinga e batida servida numa garrafa Pet. Refrigerante Del Rey e similares. Jujuba no espetinho e um bolo gigante, servido no guardanapo. Não há surpresinha, mas tem aquele balão cheio de bala que os pais também acabam disputando algumas. Não tinha palhaço, fora eu, que dá última vez sai tão tonto de lá que fui gozado a noite inteira dessa vez (sou chamado de o Boy da Favela).

Fora essas pequenas coisas e o papo dos pais que é diferente, as crianças brincam igual, brigam igual e se divertem igual. Você ganha um marmitex para levar para casa ao invés de uma surpresinha. As duas crianças saem satisfeitas bem como seus respectivos pais. E a vida continua....

Cada qual no seu mundinho.

Infância nos anos 80

O dia na vida de uma criança nos anos 80 era muito legal. Íamos para a escola onde éramos gozados, surrados, tomávamos esporro das tias. Voltávamos sujos igual um gambá. O uniforme marrom de tanto brincar na areia. Depois saíamos da aula, tomávamos chup-chup (feito de água de torneira), balas, algodão doce, refrigerante, era um melado só. Aí tomávamos esporro da mãe. Comíamos churRatinho. Aí passávamos a tarde jogando bola (podia ser de bola de meia), batendo no irmão mais novo, assistindo Tia Dulce, Chaves, LupuLimpimClapaTopo, ouvindo a Simoni cantando com aquela voz de taquara rachada e banguela. E quando tinha banho de mangueira no colégio? (alguns meninos estudavam em colégios que tinham piscina).
Lembrei do que gostava de comer nesta época. O Cardápio Ideal de uma Criança Normal dos Anos 80

Café da Manhã
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1 Copo de Refrigerante (Guaraná Taí, Mate-Couro, Fanta Uva, Grapette e similares ou Guarapan – Todos os mais fortes e doces que existiam. Hoje podemos substituir por Guaraná Del Rey ou Guaraná Jesus do Maranhão)
½ Prato de Sucrilhos de Chocolate com leite condensado
1 Yakult (Porque era proibido tomar dois)
Lanche da Manhã
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1 Saco de Pipocas Guri (aquele rosão e que de vez em quando vinha uns duros pra caramba)
1 Saco de Cheetos Bolinha (o mais fedorento de todos os chips)
1 Refrigerante ou Chup-Chup de saquinho com motivos (carrinho, bola, etc.)
2 Picolés de sobremesa e balas sortidas de tira gosto (de preferência aquela bala que sufocava a meninada, a redondinha – acho que era a Soft)
Antecedente do Almoço
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2 ChurRatinhos na frente da escola
1 Doce de Leite em Saquinho
1 pacote inteiro de Chiclete Azedinho Doce ou aquele negócio que vinha com um pirulito que você punha no saquinho e era azedo – Dimp Link – (podia ainda ser aquele que estourava na boca também)
Bala Delícia e/ou Algodão Doce (pra terminar de melar o uniforme do colégio)
Almoço
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1 Saco de Fandangos ou Baconzitos (que também fedia horrores - ambos)
½ Pote de Sorvete (na época só tinha flocos, napolitano, morango, creme ou chocolate)
1 Pirocoptero (que depois servia para brincar)
1 Saquinho de Moedas de Chocolate da Pan ou uns três daquele guardachuvinha
Lanche da Tarde
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1 pacote de Bolachas Mabel ou Tostines (que vendia mais por ser fresquinho, ou era fresquinho por vender mais?)
½ Iogurte Itambé de Limão ou pêssego Cigarrinhos de Chocolate (da Pan também)
Mais balas Soft (engasga lobo)
Jantar
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2 Pedaços de Pizza do Chopão ou da Pizzaiolo
2 copos de refrigerante alterosa ou mineirinho
½ Pacote de Biscoitos Aymoré
Mais Picolé (Tablito, Chicabom, ou ainda os de limão, uva e outras porcarias)
2 Chicletes Ping-Pong, Babaloo de vários sabores, ao mesmo tempo na boca
Ceia
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Sal Eno, Remédio para Verme, Maracujina (para acalmar depois de tanto açúcar)
E as mães da gente sempre nervosas. Não sei por quê? O fato é que 90% dos meninos desta idade são barrigudinhos. Só que as mães não tinham a manha de preparar nossas merendeiras. Era um porcaria: Geralmente tinha uma fruta (maçã ou aquela banana mole e pretinha e que fedia o resto todo da merenda), um sanduba horrível (de manteiga porque maionese estragava até o lanche) e para acompanhar isso tudo aquele suco de uva ou limão (que na hora do lanche já estava ultra-quente e, se de limão, azedão). De vez em quando, meio que querendo consertar as coisas, as mães punham um bis.
Bom devia ser filho de mãe gordinha, só que aí geralmente você também era gordinho. Essas mães faziam uma merenda animal pros moleques: dois sandubas gostosos e grandes, refrigerante e doces (nada de fruta), ainda vinha de quebra uns com Toddinho.
Os baleiros da frente da escola eram os traficantes de antigamente. Nos passando balas e outras guloseimas pelas grades da opressão estomacal que era a merenda das mães. Mas muitas mães percebiam nosso vício e iam brigar com os baleiros. Ela nos olhava e dizia: Hum, olhos contentes; boca melada; dedos grudentos; mancha na camisa; sem fome no almoço. Aí o tráfico ia pro saco. Tínhamos que comprar dos outros meninos ou nos contentar com a terrível maldição das merendeiras. E depois de comer aquilo (Eca) ainda tínhamos que tirar o cochilo depois do recreio.
Mas a infância era ótima.... quando você não usava óculos, não tinha os dentes de coelho, não era o menorzinho, não era o gordinho, não tinha as pernas tortas, não era o nerd, não usava cabelo de cuia, não fedia a manteiga do café da manhã, não tinha aquele pai esquisitão, não tinha um irmão mais velho na escola para caçoar de você para os coleguinhas dele, não tinha nariz grande..... e por aí vai.
Aí que saudade...

Depois do sopro da esperança, a volta do azedume

Mas resolvi falar das coisas boas da vida. A vida é boa por causa de pequenas coisas fantásticas que fazemos ou que ocorrem com a gente.

Tem coisa melhor que tomar aquela limonada suíça sem açúcar quando estamos com azia?

Tem coisa melhor que seu time estar perdendo uma partida e você estar sentado atrás daquele gordão suado com metade do cofrinho de fora?

Tem coisa melhor que beijar pé com joanete (tipo aqueles de bailarina)?

Tem coisa melhor que você ligar para alguém e cair no fax que, sem aviso, dá aquela apitada estridente no seu ouvido?

Tem coisa melhor que tomar refrigerante em copo sujo de cerveja?

Tem coisa melhor que darmos aquela batidinha com a unha encravada no pé da escrivaninha?

Tem coisa melhor que colocar o pé na rua quando você está todo cheiroso e lindinho e pisar naquela caca de cachorro?

Tem coisa melhor que prender o dedinho na porta do carro?

Tem coisa melhor que ir tomar água de noite, descalço, meio com sono, e tomar aquele ‘chocão’ na geladeira?

Tem coisa melhor que acabar a água da sua rua quando você está todo ensaboado e peladão no chuveiro?

Tem coisa melhor que você abrir o negócio de papel higiênico e ver que ele acabou bem naquela horinha?

Tem coisa melhor, quando você está fumando, deitadão na sua cama, e cai aquela brasinha no meio do seu peito?

Tem coisa melhor que você soltar aquele punzinho e descobrir que não foi só ele que saiu?

Tem coisa melhor que seu carro enguiçar bem na frente daquela favela da Raja?

Tem coisa melhor que você dar aquele espirro grotesco, de olhos fechados, e acertar a gatinha/gatinho que você estava paquerando na boite?

Tem coisa melhor que você estar esperando um balaio (ônibus) na chuva e ele passar direto por você?

Tem coisa melhor que você bater papo com um montão de gente e só depois descobrir que tinha um pedacinho de alface preso à sua dentição?

Tem coisa melhor que tirar aquele tatuzinho do nariz no sinal (semáforo) e ao olhar para o lado ver um Golf cheio de mulheres ou homens lindos te olhando?

Tem coisa melhor que alguém te dizer eu não te disse, eu não falei, depois que você já fez a besteira?

Tem coisa melhor que você ouvir a frase: "É meu bem, mas eu não sou mulher de verdade", depois que você já beijou?

Tem coisa melhor que ameaçar um temporal quando você, na rua, está de vestido branco ou com aquela chapinha caprichada?

Tem coisa melhor que receber aquele tapão de cumprimento bem no lugar que você acabou de tatuar?

Tem coisa melhor que chegar num motel e lembrar que está com aquela sua cuecona velha de guerra, desbotada e furada?

Tem coisa melhor que abraçar alguém que está com duas pizzinhas debaixo do braço?

Tem coisa melhor que você mandar aquela velha no trânsito que te fechou tomar naquele lugar e você descobrir que ela é a mãe do seu melhor amigo e que ela te viu?

Um sopro de esperança

Indiferentemente da religião que você professa, dos valores na qual sua vida está baseada, há certas regrinhas básicas que são capazes de provocar uma mudança incrível a sua volta e no mundo. Há pessoas que defendem que se uma borboleta bate as asas em um país distante o vento provocado por este movimento pode gerar verdadeiras ventanias no seu país. O que este pensamento quer dizer é que tudo que ocorre no mundo mais cedo ou mais tarde vai ter conseqüências na sua vida. Nós somos seres interligados, e nossas ações individuais têm reflexos maiores que imaginamos. A primeira regrinha que pode fazer um mundo melhor é aprender a conjugar os verbos (ações) em outro número e gênero que não seja na 1a. pessoa do singular – EU. Eu faço, eu posso, eu aconteço. Tudo bem, a culpa pode não ser sua.

Nas sociedades modernas, uma construção onde a história tem um papel fundamental, especialmente na sociedade ocidental, é cada vez maior a valorização do poder individual. As empresas, as escolas, os pequenos grupos apostam sempre no valor do indivíduo, no destaque. Seria a busca incansável por nos tornarmos um messias, um alguém melhor. Querem por querem indivíduos cada vez mais competitivos, onde uma super-cabeça pensa mais do que muitas. Esta sociedade pós-moderna nunca fora tão marcada pela busca da individualização, pelo narcisismo exacerbado, pelo egoísmo como é agora. Parece que com a globalização as pessoas busquem, ao contrário, cada vez mais tentarem ser únicas, especiais, se destacar dos demais. Não se quer dizer que os indivíduos não são únicos, pois, é claro que são, mas que estes indivíduos estão inseridos em um contexto maior, de criação divina ou não, e que, portanto compartilham espaço com os demais. Vivem em coletividades, tem que compartilhar infinitas coisas. A partir do momento que todos passam a se ver como seres únicos é natural que só se pense nas próprias necessidades. Novamente o que fora criado para ser do grupo é visto como uma propriedade privada sua. Neste sentido tudo passa a ser seu se ninguém questionar seu direito sobre aquilo primeiro.

A velha e boa propriedade privada, construção dos modernos, é tão defendida em diversas constituições federais. Esta idéia se imiscuiu tanto em nossas sociedades que tudo passa a ser privado. Não se pensa mais, por exemplo, que quando alguém estraga um telefone público aquilo é um mal para o coletivo mas pensasse ao contrário: “E se EU precisar daquele telefone”. “Isto é um absurdo”. Deturpou-se os conceitos. A corrupção, outro grande exemplo nesta mudança de perspectiva, e que tem causado tantos debates nas sociedades nacionais, deve ser combatida a luz de uma idéia de coletivo. Quantas vezes pensamos: “Este corrupto está roubando MEU dinheiro”; “EU pago imposto para ele ser desviado por estes corruptos”. Novamente eu, meu. O Darwinismo Social, o estado de natureza hobbesiano, o etnocentrismo cultural, devem ser rapidamente substituídos pelo sentimento de coletivismo, pela humanização das relações.

Não se tenta aqui pregar ideologias políticas, pelo contrário, até por que as ideologias são grupais, são restritas, mas sim se pensar que o mundo não é formado pela soma de vários Eus, ele é formado por um todo de seres e não só humanos. E que estes seres dependem uns dos outros, não tão hierarquicamente quanto gostaríamos, colocando uns como sendo mais aptos e outros não. Todos os seres que vivem na terra atualmente são aptos (se se quer fazer referência a Darwin), porque se não, não estariam aqui neste momento. Mas cada ser tem necessidades diferentes, forças e fraquezas distintas. Se formos eliminar tudo aquilo que for mais fraco que nós, tudo aquilo que tem necessidades menores que nós, vamos exterminar todos os velhos, todas as crianças, todos os deficientes. E vamos criar um mundo que “um grande líder” já sonhava no início do século em meados da década de 1930.

Se pararmos de pensar na 1a. pessoa do singular talvez o mundo começasse a melhorar um pouco. Tente por um dia talvez, ou mesmo por algumas horas esquecer suas necessidades, seus medos, e mesmo suas qualidades. Tente em uma conversa despretensiosa de meia hora esquecer que existe esta conjugação. Veja como é difícil. O passo seguinte é praticar a idéia de Nós. Exercite um pouco o coletivo. Primeiro comece pensando em Nós família, depois em Nós Prédio, Nós Vizinhança, e assim até chegar em Nós Humanos e quem sabe até Nós Seres da Terra. O Eu, a borboleta do início da conversa, pode se transformar em Nós, a ventania, ou um furacão que devastará todo o egoísmo, todo a narcisismo que paira sobre nosso mundo. Esta ventania retirará toda poeira que cobre nossa visão e que dificulta a construção de um mundo melhor.

A segunda idéia que talvez possa ser melhorada é a idéia de felicidade. Novamente independente de religião, cor, classe social, e todos as classificações que criamos, todos buscam a felicidade. Esta felicidade também deve estar separada da idéia de EU. A minha felicidade não pode ser construída somente no MEU bem-estar, até porque podemos estar prejudicando um outro alguém ou mesmo o coletivo, o mundo quem sabe. Felicidade não é sensação, não é algo temporário, transitório. Felicidade deve ser um estado permanente. Ser feliz é diferente de Estar Feliz. Conhecemos pessoas pobres extremamente felizes, ricos também; católicos felizes, muçulmanos felizes; africanos e europeus felizes. Felizes nas adversidades e nos momentos bons.

Por quê? Talvez por que estas pessoas descobriram que a Felicidade não é uma condição do momento, é uma construção de uma vida. Freud dizia que o homem está sempre buscando algo. Que este homem já nasce com uma lacuna em sua vida e que ele passa a vida inteira tentando preencher esta lacuna. Tem maior Felicidade que estar vivo? Respirar? Ver o mundo? Experimentar o novo? Relembrar o que vivemos? Nós nascemos plenamente felizes. Depois é que começamos a aprender que falta algo. Falta o alimento, falta a chupeta, falta o brinquedo, falta o carro, falta o material. E daí passamos o resto da vida tentando suprir o que falta, que sempre parece aumentar. Mas isto que falta é transitório, temporário. E quando suprimos aquilo que faltava, surge uma nova falta, e assim seguimos nossa vida até o fim, buscando algo. É o cachorro que corre atrás da cauda. Ele não percebe que pode passar a vida inteira assim sem nunca alcançar este objetivo. Esta sensação gera um mundo de pessoas frustradas, infelizes, cansadas por estarem sempre atrás da cauda. Algumas até desistem, se matam. Mas quando você percebe que a cauda esteve sempre lá, que ela faz parte de você, você não precisa mais procura-la. Você percebe que a felicidade esteve sempre em você. É você que não percebeu que já a tinha há muito tempo e que correr atrás dela foi um desperdício. Você se sente então pleno, realizado. A lacuna de sua vida, suas metas, seus objetivos (que no fundo sempre foi ser feliz) já te acompanha há muito tempo. É você que não tinha percebido. Pobre, rico, amarelo, branco, brasileiro, tibetano, homem, mulher, você descobre que sempre pudera ser feliz (pleno), só não tinha ainda percebido que você já tinha esta felicidade em você. E percebe ainda que passou a vida inteira tentando alcançar a cauda sendo que ela já estava em você. A cauda não é um emprego, não é um carro, não é uma roupa, uma viagem, um amor, ela é e sempre foi, no fundo, a felicidade. Estas outras coisas não são felicidade, até porque se você bate o carro, se você perde o emprego, não viaja ou não compra uma roupa não significa que mesmo assim você não é uma pessoa feliz.

A Felicidade é Ser e não Estar. Se ter um carro é ser feliz, quando você perde-lo você não será mais. E assim passara toda sua vida buscando felicidade onde ela não esta. Ela está em nós. É só procura-la direito. Por isso pergunte-se: Você é feliz? Ou somente está feliz? Eu sou feliz ou eu estou materialmente realizado? Eu sou feliz mesmo não estando materialmente realizado? Ou realmente eu sou um Infeliz? Por isso eu digo: o mundo é bom, só que algumas pessoas, talvez a maioria, ainda não descobriram. E de fato tem um potencial incrível de ser ainda melhor. Descubra o ser feliz, não busque o estar feliz. Quando percebemos que o mundo é mais do que o EU e que você tem em si a Felicidade, corrupção, desrespeito, descaso, miséria, e alguns etc.’s, tudo estará resolvido. E aí sim você perceberá que já vive em um mundo melhor.

terça-feira, janeiro 29, 2008

Para adoçar a acidez da vida

Durante a II Guerra Mundial, a primeira bomba que os aliados jogaram em Berlim matou o único elefante do jardim zoológico da cidade (Ele era da Juventude Animal Hitlerista)

Em 1987, as linhas aéreas americanas economizaram US$ 40000 eliminando uma azeitona de cada salada (se tirassem o alface, metade da comida que eles servem no avião seria eliminada - se bem que agora ele só servem barrinhas de cerais e maxi goiabinha)

Uma girafa pode limpar suas próprias orelhas com a língua (e o homem é o único animal que limpa a orelha de sua parceira no ato sexual)

Milhões de árvores no mundo são plantadas acidentalmente por esquilos que enterram nozes e não lembram onde eles as esconderam (Já ouvi dizer que tem empresas usando trabalho ilegal de esquilos para replantarem áreas desmatadas)

As formigas se espreguiçam pela manhã quando acordam (algumas resolvem não trabalhar e ligam para o serviço dizendo que estão doentes)

O porco é o único animal que se queima com o sol além do homem (Inclusive nos EUA eles vão lançar o Sundown suíno)

Os golfinhos dormem com um olho aberto (um olho nele mesmo e o outro no gato. Para os espertinhos de plantão eu sei que golfinho não é peixe)

A Antártida é o único continente sem répteis (é, sem répteis, sem graça, sem calor, sem cor.....)

As unhas da mão crescem aproximadamente quatro vezes mais rápido que as unhas do pé. (ou seja, se o Zé do Caixão levou quarenta anos para deixar as unhas da mão daquele tamanho, ele precisaria de umas duas vidas para deixar as do pé do mesmo tamanho)

Os pés possuem um quarto dos ossos do corpo (é por isto que os canibais africanos evitavam comer os pés, como nós evitamos comer aquela parte da asinha de frango que fica colado na coxinha)

Há mais de 52 milhões de cachorro nos EUA (é, e mais ou menos 250 milhões de mulas)

Uma pessoa comum ri 15 vezes por dia (não no hemisfério sul)

O Oceano Atlântico é mais salgado que o Pacífico (por isso o bacalhau português e o norueguês são os melhores do mundo, já vem melhor salgados)

O elefante é o único animal com quatro joelhos (é por isso que eles rezam duas vezes mais que a gente)

O olho do avestruz é maior do que seu cérebro (o cérebro do avestruz, viu?)

Os destros vivem, em média, nove anos mais que canhotos (por isto na escola me obrigaram a escrever com a direita, para viver mais, obrigado colégio!)

Uma barata sobrevive 9 dias sem a cabeça e morre de fome (eu conheço gente que não usa a cabeça e vive uma vida inteira)

Os elefantes são os únicos animais que não conseguem pular (Mentira, o Dida ex-goleiro da seleção brasileira também não)

O músculo mais potente do corpo humano é a língua (além de ser o que pode manter um casamento feliz)

É impossível espirrar com os olhos abertos (por isto você não pode direcionar a gosma)

Os russos atendem ao telefone dizendo “Estou ouvindo” (isto quando eles não dizem antes: qual dos três telefones eu atendo primeiro, Ichhh?)

Os crocodilos não conseguem por suas línguas para fora (por isto seus casamentos não duram nada)

Os ursos polares são canhotos (então será que eles vivem 9 anos menos que seus primos ursos pardos?)

As estrelas-do-mar não tem cérebro (é lógico, elas são astros. As nossas estrelas do BBB também não)

As moscas domésticas vivem apenas duas semanas (e destas duas semanas elas passam pelo menos uma te enchendo o saco e mais uma batendo a cara na janela)

Os ratos não vomitam (é por que eles não bebem e não comem o sanduíche do Renato’s Burguer)

Os Koalas não bebem água. Eles absorvem os líquidos das folhas de eucalipto (É lógico que eles não bebem água, você imagina como é difícil segurar na árvore e ao mesmo tempo um copo)

Os chipanzés e os golfinhos são os únicos animais capazes de se reconhecer na frente de um espelho (os machos, porque as fêmeas quando vão para a frente do espelho ficam dizendo: Nossa, essa não sou eu, estou muito gorda, olha este cabelo, e etc.etc.etc.)

Antes de 1800, os sapatos para os pés direito e esquerdo eram iguais (ninguém acordava com o pé esquerdo nesta época)

Rir durante o dia faz com que você durma melhor à noite (agora, rir durante o sono é briga na certa com sua esposa pela manhã)

O orgasmo de um porco dura 30 minutos (e suas relações sexuais, como a dos homens, duram em média 6 minutos, com as preliminares)

Bater com a cabeça contra a parede consome 150 calorias por hora. (na próxima Revista Cláudia sairá a Dieta do Galba Velloso)

Os homens e os golfinhos são as únicas espécies que copulam por prazer. (Mas as golfinhas e as mulheres copulam por amor)

A formiga consegue levantar 50 vezes o seu peso, puxar 30 vezes o seu peso e sempre cai para o lado direito quando intoxicada. (É muito ocupado o sujeito que fica vendo pra que lado caem todas as formigas que são intoxicadas)

O louva-a-deus macho não consegue copular com a cabeça presa ao corpo. A fêmea inicia o ritual de acasalamento arrancando fora a cabeça do macho. (para evitar aquele desculpa do eu estou com dor de cabeça hoje meu bem)

Alguns leões copulam mais de 50 vezes por dia. (Se eu conseguisse 1/4 disso já ia me sentir o Rei dos animais)

O paladar das borboletas está nos pés. (A mãe borboleta sempre diz pro seus filhinhos à noite: Vai escovar os pés e já pra cama)

Se você soltar pum direto durante 6 anos e 9 meses, produzirá gás suficiente para criar a energia de uma bomba atômica. (além é claro de precisar consultar um proctologista para refazer o afrouxamento)

Se você gritar durante 8 anos, 7 meses e seis dias, produzirá energia sonora suficiente para esquentar uma xícara de café. (se quiser esquentar um pão de queijo pra acompanhar, precisa de mais uns 15 anos – quem sabe com uns 40 anos de berro você conseguirá tomar um café da manhã completo)

Você precisa usar 42 músculos da face para franzir a testa. (e somente um dedo para iniciar uma contenda)

O Zen Budismo para [nós] Leigos

O Zen Budismo é uma das vertentes mais interessantes do Budismo Indiano (original). No caminho desta religião extraordinária, o budismo se deslocou da Índia até as montanhas do Himalaia, cruzou fronteiras e foi se estabelecer no antigo Reino do Sião e da China. Na China, o budismo se imiscuiu com as demais religiões e crenças locais. Além de ser dotado de fortes práticas espirituais e mentais, o budismo foi aos poucos adquirindo também uma feição comportamental.

De uma simples religião, o budismo se transformou em um vasto código de conduta, além de um estilo de vida. Os grandes responsáveis por isto foram a filosofia taoísta (I Ching) e o próprio código de ética confuciano. Da China, o budismo cruzou mares e se estabeleceu no Japão. Novamente, houve uma fusão muito grande entre esta nova religião e a cultura do povo. A vertente japonesa do budismo passou a ser conhecida como o Zen Budismo. A prática Zen se tornou menos mística, mas não menos misteriosa. Ao invés de se proferir práticas ocultas, de cunho quase sobrenatural, com regras rígidas e formais, o zen buscou adentrar nas almas dos japoneses através de ritos simples, cotidianos, e, de certa forma, mais humanos.

Em qualquer ação cotidiana o adepto do Zen pode encontrar seu próprio mecanismo de busca pela iluminação. A absorção desta nova religião pela tradicional sociedade japonesa foi até rápida. Há o culto a Buda, aos demais Bodhisatvas, mas não se prendem necessariamente há cultos complexos, trabalhados. Ele é mais simples. Também é menos rígido no que concerne a obrigatoriedade de estar sempre indo ao templo, desvinculando-se muito da figura do que o sacerdote diz ser certo ou errado. É, portanto, uma prática religiosa mais cotidiana e bem mais individualizada.

A Meditação, os Koans (espécies de pequenas lições e perguntas ‘misteriosas) são os principais meios que o zen budista para buscar seu estado de iluminação, em casa, na rua, no escritório, em qualquer lugar. O caminho dos oito ramos é buscado no dia-a-dia. Mente, corpo e espírito corretos, atentos e tranqüilos são o resultado. A iluminação é conseqüência. O corpo será somente um veículo da transformação. A mente, desanuviada, perceberá os fenômenos como eles sempre foram, simples.

O Desemprego

Ciência, Freqüência, Sapiência
Jurisprudência, Ingerência, Proficiência
Aquiescência, Ascendência, Potência
Consciência, Tendência, Independência
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Eficiência, Eficiência, Eficiência....
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Decência, Prudência, Agência
Incongruência, Incoerência, Intransigência
Experiência, Divergência, Impotência
Penitência, Decadência, Clemência
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Impaciência, Impaciência, Impaciência.....
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Carência, Falência, Inadimplência
Maleficência, Opalescência, Indecência
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Demência, Demência, Demência......

A Teoria da Evolução - Uma Análise Crítica

Depois de extensas pesquisas acerca da teoria da evolução das espécies constatei algumas inconsistências em suas premissas básicas. Segundo Charles Darwin, seu autor, na natureza, devido a intensa competição por alimento, habitat e por parceiros para reprodução, sobreviverão aquelas espécies que melhor se adaptarem a estas constantes flutuações naturais. Escassez e disputa, favorecerão seres mais aptos às mudanças ambientais de modo que estas características serão passadas as gerações subseqüentes. Com o passar do tempo, as adaptações de uma espécie, inicialmente exceção dentro do ambiente natural, se tornarão regras, e os inaptos a estas flutuações tenderão a desaparecer. Bicos, patas ou garras, penas ou pêlos, dentição e até mesmo uma maior capacidade cerebral serão transmitidas, através do intercruzamento de espécies, à gerações posteriores. Deste modo, com a evolução morfoclimática, espécies tenderão a portar um aparelho biológico cada vez mais completo, não complexo, e que favorecerá sua sobrevivência e de suas proles.

Darwin, através de avaliação de comportamento de espécies em ambiente natural comprovou sua tese. Analisando, ao longo de suas viagens, espécies de pássaros na costa da Venezuela, o cientista pode perceber que com o passar dos anos e, na medida em que o ambiente natural sofria modificações consistentes, principalmente climáticas, algumas espécies tendiam a desaparecer, enquanto outras apresentavam um crescimento exponencial considerável. Suas conclusões foram as supracitadas. A partir de então, e tomando como base as conclusões de Darwin, uma nova safra de cientistas, os evolucionistas, passaram a figurar o mundo científico moderno.

Novas teorias foram desenvolvidas [derivadas de Darwin]. Uma das mais marcantes foi a da evolução das espécies primatas. Segundo este estudo, o homem é um parente direto dos símios, vulgarmente conhecidos como macacos. No vale do Sudão, foram descobertas ossadas dos primeiros hominídeos, nosso primo distante. Ficou comprovado (ainda que temporariamente) que os homens descendiam diretamente desta nova espécie. Os evolucionistas não concluíram ainda se é este espécie de hominídeo africano o principal parente do homem moderno. Há ainda uma inflexão quanto a data e ao local exato de nascimento desta espécie conhecida como homem. Austrolopiteucos, Homem de Nenderthal, e até mesmo o Homem de Lagoa Santa podem ter sido parentes diretos desta primeira espécie encontrada nesta região africana. Encontraram ainda, espécies semelhantes em outro vale, agora na Etiópia, o que comprova parcialmente que as primeiras espécies hominídeas surgirão efetivamente na África. Do Homo erectus, até o Homo sapiens sapiens, se passaram nada menos do que 10.000 anos. O formato do crânio, a posição da coluna vertebral, o tamanho e capacidade cerebral, a dentição e outras características morfológicas quando se comparado com o homem moderno confirmam nosso parentesco com este primeiro ser. Este hominídeo, entretanto, é uma ruptura evolutiva, um marco de modificação da aparelhagem biológica na evolução das espécies, apesar de sua comprovada relação com seus parentes primatas mais próximos, os símios.

Comparando-se o desenvolvimento de um chipanzé filhote com o de uma criança humana pode-se perceber que até dois anos de idade os dois apresentaram desenvolvimento cerebral semelhante, com relativa vantagem da espécie símia. O principal fator que favoreceu o pequeno macaco foi sua rápida independência dos pais em relação aos desafios de alimentação e adaptação ao ambiente. A capacidade de locomoção do macaco também foi muito mais rápida demonstrando que nos primeiros anos de vida os nossos parentes símios apresentam uma evolução física mais rápida. A partir dos dois anos de vida entretanto houve uma mudança significativa no desenvolvimento das duas espécies. A criança começou a apresentar um desenvolvimento cerebral impressionante o que rapidamente suplantou a grande capacidade física do símio. O aprendizado humano suplantou a do macaco e rapidamente a criança adquiriu uma capacidade cerebral capaz de lhe dar certa autonomia frente aos novos desafios propostos pelo grupo de cientistas. Chegaram a conclusão que, apesar de confirmado nosso parentesco com os macacos, os hominídeos, e depois humano, foram uma espécie que evoluiu consideravelmente, não em seu aparelho físico, mas em sua capacidade cerebral. Isto colocou o homem no topo da cadeia evolutiva. A Teoria de Darwin estava assim sendo confirmada. Uma espécie se torna mais apta ou por sua evolução em seus atributos físicos ou em seus atributos cerebrais e comportamentais.

Durante anos esta tese pôde ser sustentada. O homem seria definitivamente a espécie mais evoluída na natureza, confirmando os primeiros ensaios de Darwin. Ele pode contornar as barreiras morfoclimáticas, conquistando diversos ambientes. Ele se adaptou relativamente bem as variações de alimentos, de ambiente e figura até então o posto de espécie número um no quadro dos seres evoluídos e adaptados.

Entretanto, depois de avaliar os estudos de Darwin e das novas teorias evolutivas, especialmente em relação a evolução do ser humano, pude perceber que há um equívoco grotesco nestas teses. Parto da seguinte afirmação: O Homo sapiens sapiens é a espécie menos evoluída no quadro das espécies existentes na natureza.

O que tento, através deste ensaio, é mostrar aos caros leitores da comunidade científica que a espécie humana caminha no sentido inverso ao proposto pelo nobre estudioso Charles Darwin e pelos demais evolucionistas. A capacidade cerebral humana e sua inteligência, principais características que qualificavam o homem como espécie mais evoluída do sistema natural, é uma lorota da ciência. Até então, a espécie humana, através de sua evolução cerebral, é apontada por cientistas como a mais apta na natureza possibilitando-o conseqüentemente a se tornar o mais forte na cadeia alimentar. Coloco algumas hipóteses que devem ser levadas em consideração em meu mais recente estudo “O Cérebro Humano: Um desevolução” (Revista Nature, abril 2002). A primeira delas diz respeito a capacidade cerebral humana. Até então comprovou-se que evolução no aparelho biológico das espécies podem condicionar a uma maior adaptabilidade ao sistema natural. Sobre isto não há o que se questionar. Entretanto, uma evolução no tamanho e no número de sinapses neurológicas não representa necessariamente uma melhor utilização do aparelho cerebral. Minha tese é portanto que o homem apresenta sinais claros de uma [des]evolução do ponto de vista natural. Ou seja, ele está se tornando a cada dia uma espécie com menos condições de se inserir no sistema natural atual. Duas novas questões devem ser pensadas quanto a este segundo ponto: A) Ou o homem apresentou um ápice em sua condição física e agora parece declinar – vulgarmente falando está se tornando menos capaz e/ou mais burro ou B) ou o homem parece não estar mais apto a esta nova situação e sua tendência é desaparecer (aí podemos confirmar que a Teoria de Darwin estava correta). Como cientista não tenho o privilégio de divagações intelectuais e devo portanto me ater as comprovações científicas. Em relação a primeira hipótese uma evolução no tamanho e no número de sinapses neurológicas não representa necessariamente uma melhor utilização do aparelho cerebral apresento as seguintes provas. Prova no.1: Apesar de ter um grande cérebro, se comparado com os demais animais, o ser humano é a única espécie que ingere substâncias, tais como a nicotina, o álcool, as anfetaminas, dentre várias outras, sabendo que sua utilização lhe provocará a morte ou, no mínimo, graves deficiências futuras; Prova no. 2) o ser humano destrói deliberadamente e conscientemente seu próprio habitat natural; Prova no. 3) O ser humano cria objetos que são utilizados para sua própria destruição – tais como armas. As demais provas podem ser vistas no meu trabalho “A Espécie Decadente” (National Geographic, setembro 2001). Então podemos comprovar que tamanho e número de sinapses nervosas não significa boa utilização cerebral, o que demonstra que a espécie humana não é tão evoluída como postularam os evolucionistas. Deste modo o homem apresenta sinais claros de uma desevolução do ponto de vista natural. A convivência parcimoniosa e simbiótica com a natureza é a marca de qualquer ser vivo em seu habitat. O homem, por sua vez, este grande macaco menos evoluído, apresenta-se com uma exceção a regra. Esta é mais um sinal claro de sua inadaptabilidade ao sistema.

Das hipóteses conclusivas mostradas acima (A e B) podemos sugerir que realmente esta espécie, dita mais evoluída dos hominídeos, apresenta um quadro desevolutivo cerebral grave. Em outras palavras, o homem se torna cada dia mais burro e menos apto. Não que ele já tenha sido em algum momento da evolução um ser completamente capacitado dado seu potencial cerebral mas de fato ele vem degenerando ainda mais. Ironicamente, e cientificamente, podemos ainda demonstrar que ao contrário do que ocorreu com os demais animais da natureza não é o ambiente que está provocando o início de sua extinção e sim ele próprio, configurando uma situação denominada de self-competition e auto-extinção. Com mais esta prova podemos dizer que Darwin cometeu alguns equívocos, generalizando fenômenos que podem ser regras não-absolutas. Isto coloca o homem no mais baixo quadro da cadeia evolutiva e podendo dizer: Nós, e não os macacos, somos os primatas.

Dr. Rafinsk Fudezowisk Scrachadenko, PhD em Antropologia Humana pela UUFCALS, Dr. pela UGCKN e mestre pela UBOLJX. Atualmente o Dr. Fudezowisk leciona na Universidade de Princestown, Transilvânia, CA

segunda-feira, janeiro 28, 2008

O Zen nosso de cada dia

Há uma chance de tudo mudar incrivelmente: Comece a agir de forma diferente.

As coisas ficam muito complicadas quando se perde o óbvio de vista.

A vida só começa a fazer sentido quando a gente desiste de tentar entender o sentido da vida

Para conhecer as minhas verdades tenho que ir fundo nas minhas mentiras

Todas as respostas são inúteis se a gente não tiver feito as perguntas certas

A experiência tem um grave defeito – só me mostra o caminho certo depois que já tomei o errado

Para ouvir e refletir

Masters of War
(Bob Dylan)
Come you masters of war
You that build all the guns
You that build the death planes
You that build the big bombs
You that hide behind walls
You that hide behind desks
I just want you to know
I can see through your masks
*
You that never done nothin'
But build to destroy
You play with my world
Like it's your little toy
You put a gun in my hand
And you hide from my eyes
And you turn and run farther
When the fast bullets fly
Like Judas of old
You lie and deceive
A world war can be won
You want me to believe
But I see through your eyes
And I see through your brain
Like I see through the water
That runs down my drain
*
You fasten the triggers
For the others to fire
Then you set back and watch
When the death count gets higher
You hide in your mansion
As young people's blood
Flows out of their bodies
And is buried in the mud
*
You've thrown the worst fear
That can ever be hurled
Fear to bring children
Into the world
For threatening my baby
Unborn and unnamed
You ain't worth the blood
That runs in your veins
*
How much do I know
To talk out of turn
You might say that I'm young
You might say I'm unlearned
But there's one thing I know
Though I'm younger than you
Even Jesus would never
Forgive what you do
*
Let me ask you one question
Is your money that good
Will it buy you forgiveness
Do you think that it could
I think you will find
When your death takes its toll
All the money you made
Will never buy back your soul
*
And I hope that you die
And your death'll come soon
I will follow your casket
In the pale afternoon
And I'll watch while you're lowered
Down to your deathbed
And I'll stand o'er your grave
'Til I'm sure that you're dead

Frases Ácidas

No mundo atual terror é o que fazem em nosso território, no território dos outros é implementação de democracia

A economia brasileira é igual a um impotente reincidente; acha que vai sempre melhorar e quando tudo dá errado novamente coloca a culpa em fatores externos

A diferença entre um pai e um corrupto é muito sutil. O pai tira de sua boca para dar para o seu filho; o corrupto tira da boca dos filhos dos outros.

Estômago de Aço

Outro dia quiseram me servir dobradinha com angu e rabada. Eu recusei no primeiro instante. Depois, pensei: Ora, eu engulo que KLB, Sandy e Sandy Júnior, Vanessa Camargo, Tony Garrido e Angélica são cantores; eu engulo que Luciana Gimenez, Monique Evans e Adriane Galisteu apresentam programas na TV pelos seus talentos e não por que bulinaram com alguém; eu engulo que Bam Bam, Cida e Alemão são estrelas; eu engulo que o Rubinho Barrichello é piloto; eu engulo que jogador de futebol merece ganhar 300.000 por mês, andar de carrão e morar no exterior e que técnico de futebol é professor; eu engulo Garotinho, Orestes Quércia, Paulo Maluf, Collor, Newton Cardoso; Então porque recusar um dobradinha, já que eu engulo qualquer coisa.

Mutação do Imutável

Ao término de um período de decadência sobrevém o ponto de mutação. A luz poderosa que fora banida ressurge. Há movimento, mas este não é gerado pela força.... o movimento é natural, surge espontaneamente. Por essa razão, a transformação do antigo torna-se fácil. O velho é descartado, e o novo é introduzido. Ambas as medidas se harmonizam com o tempo, não resultando daí, portanto, nenhum dano (I Ching). O movimento é complexo e completo, simples, sem atrito, natural. Não há finalidade, ele é, simplesmente acontece. A Barca, o pote de Chá, o Bonsai, O arco e a flecha, a espada, o papel (origami), o quadro e o pincel, são meios, mas são também fins em um dado momento, mas nunca o fim pleno, até porque ele não existe. A destruição e a criação, o Caos e a Harmonia, são também momentos neste meio. O ego se transformando no eu-sou é o momento de iluminação. “Quando não conhecia o Zen, as montanhas e o os rios eram somente montanhas e rios. Quando embarquei no zen, as montanhas não eram mais montanhas e os rios não eram mais rios. Quando compreendi o zen, as montanhas eram simplesmente montanhas e os rios simplesmente rios”. O corpo humano, a mente humana, o espírito humano são veículos desta transformação. O intelecto escurece a compreensão da verdade, a simplicidade. A explicação lógica dos fenômenos é a não-lógica. O não, o antagônico, não é o opositor, é o complemento e o suplemento. Quando nos deparamos com um rio, somos um e o rio outro; quando colocamos o primeiro pé no rio, nem nós, nem o rio somos mais os mesmos. Só compreendermos a verdade do zen quando deixarmos de buscá-la. Não há como definir o indefinível, apenas compreendê-lo. A água já é pura, filtra-las através das valorações, da religião, da ciência, da moral e dos costumes é tentar filtrar o que já é puro. Não devemos pensar no processo, não devemos pensar no fim, devemos entender o que ele já é. O homem não se dissipa do divino, ele é o próprio divino, assim como o divino é ele mesmo. Não se separa mais corpo, mente, espírito. Não se separa mais consciente de inconsciente, natural e sobrenatural, tangível e intangível. O movimento do estirar o arco, apontar a flecha, mirar são momentos em que você se projeta no arco, na flecha e no alvo. Atingir o alvo é atingir você mesmo. Preparar o chá, dobrar o papel, cortar um galho não importam mais. O chá, o papel, a tesoura, os galhos somos um só. Muta-se o que não é, e ao mesmo tempo é, mutável. Ilumina-se o que já estava iluminado. Todos nós já nascemos Buda, só nos esquecemos quem somos. Pensar na flecha, na poda, no chá em si é olhar somente para o meio, pensar no alvo, no bonsai, na bebida é olhar somente para o fim. Então descobrimos que todos os meios e fins são nós mesmos. O veículo é o próprio homem, a iluminação está há um passo de ser redescoberta. Não há mais constrangimentos, atritos, tudo flui, como sempre fluiu, e como sempre deveria ter fluido....